Hoje não vou falar de peso nem de dietas!
O meu blog é e vai continuar a ser sempre um reflexo de mim, daquilo que eu sou, dos meus sucessos e dos meus fracassos, daquilo que me deixa feliz e daquilo que me deixa infeliz.
Hoje estou muito, mas muito feliz porque vou apadrinhar uma menina. Não vou ser madrinha de baptismo, já tenho afilhados de quem gosto muito, não se trata disso: Vou apadrinhar uma criança órfã de S. Vicente / Cabo Verde!
Eu sempre lutei imenso por aquilo que quero, faz parte de mim e quero que a vida de dê mais uns bons anos para concretizar mais alguns sonhos muito importantes.
Sempre sonhei ter três filhos e curiosamente o meu marido também, depois de dois rapazes com um ano de diferença, veio o sonho de ter uma menina.
Aí, comecei a pensar em adoptar uma menina. Acho que contribui para a formação de uma ruga na cara de cada familiar...todos franziram o sobrolho...o meu marido que não me diz que não a nada apenas dizia que para ele estava bem o que eu decidisse, mas que pensasse bem. Mas a família de certa forma só me apontava contras e o meu marido nunca interviu em minha defesa e isso disse-me que ele não fazia grande questão e que preferia sim um(a) filho(a) biológico...Um dia falamos muito abertamente sobre o assunto e ele demoveu-me quando me alertou para o facto de os rapazes quando crescessem poderem não ver com bons olhos ter uma irmã adoptiva e eu percebi o que ele me queria dizer...
Há na família o caso de uma prima solteira que adoptou um menino, não escolheu idade, sexo, nem cor. Entrou-lhe em casa um rapaz de 13 anos e todos achamos que ela adoptou sim um monte de problemas, lamentavelmente para ela e para ele.
Acabei por desistir todos me diziam: se vier um rapaz vai ser bom na mesma...Eu sabia que sim, mas queria uma menina!
Quando eu quero muito uma coisa luto por ela até à exaustão, todos os dias quero ir dormir e pensar que fiz o que me foi possível para atingir os meus objectivos.
Isso não faz de mim uma pessoa melhor nem pior que os outros porque já fracassei em tantas coisas e tenho desejos tão elementares mas que não dependendo de mim nada posso fazer para os ver realizados... Mas como queria muito mesmo uma menina, comecei a ler tudo sobre: como conceber uma menina.
Li artigos cientificos e outros que de científicos não tinham nada. Tive de reunir uma série de factores, o meu período fertil no ponto certo, com a posição da lua e com aquilo que devia comer e com o que me estava proibido comer, entre muitas outras coisas, posições, etc...Estudei o assunto e encontrei o dia e a hora certa. E marquei com o outro interveniente ( o pai da criança claro) o acontecimento para o dia x há hora y. Não estou a brincar foi mesmo assim...!
Foi a relação mais estranha das nossas vidas! Foi assim tipo artificial... mas nesse dia não tenho duvidas que fiquei gravida da minha filha, ou seja, como se costuma dizer : rachou! Foi uma relação muito pouco romântica, muito próximo de uma inseminação artificial...Nunca saberei se foi o meu estudo que resultou, se a menina viria de qualquer maneira.
Ainda é cedo, mas um dia penso que vou contar aos meus filhos de uma forma adequada de mãe para filhos claro... Depois de ter um filho não planeado ( o segundo) porque foi uma gravidez inesperadamente rápida a seguir ao primeiro parto, que resultou num filho quase gémeo do irmão, tive uma menina tão planeada que envolveu um estudo multidisciplinar, envolveu física, química, biologia, anatomia e alguma dose de loucura para perder horas a fazer cálculos ...tenho uma amiga que acha que devia organizar workshops sobre o tema...9 meses menos 5 dias depois desta loucura, nasceu a minha adorada filha!
Mas ficou sempre o desejo de adoptar, de fazer bem a alguém que precise. Agora, e curiosamente pela mão da minha filha, chegou a oportunidade de apadrinhar uma menina de Cabo verde e eu considero o meu sonho concretizado.
Eu tenho um enorme fascínio por Moçambique, não sei porquê, e gostaria muito que fosse uma criança moçambicana, mas parece que os donativos para apadrinhar lá uma criança são sempre desviados por quem não tem escrúpulos.
Agora só depende de mim e de mais ninguém, não envolve terceiros e vou contribuir para fazer uma menina órfã um pouco mais feliz e se lhe proporcionar um sorriso vou-me sentir muito realizada mesmo. O projecto chegou através de uma professora da minha filha que todas as férias de verão passa um mês em missões humanitárias em países africanos. Trouxe uma serie de propostas para a escola que tem cerca de 800 alunos e lamentavelmente só houve quatro adesões. bem sei que os tempos estão dificieis e há quem viva com carências enormes, mas há pessoas que podiam fazer alguma coisa e não fazem nada.
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Mas pronto mesmo não fazendo parte do post, digo-vos que hoje pesava 78,10 :-( mulheres!