terça-feira, 6 de março de 2012

Voltei!


Pois estou de volta!

Agradeço a todas as palavras de apoio que deixaram no último post, e agradeço particularmente á Joana e á Salsinha terem reiterado umas palavras carinhosas dias mais tarde.

A cirurgia do meu filho correu bem felizmente, e ele já se encontra em casa. Mas, como já era esperado o pós-operatório foi, e continua a ser muito complicado. Quer nós, quer os médicos que o tem acompanhado, quer os que efectuaram a cirurgia o advertiram para os dias difíceis que se iam seguir, mas ele estava tão animado, tão confiante e sentia-se tão forte que sempre minimizou esses efeitos e manifestou sempre um enorme optimismo que até a nós contagiava.

Mas efectivamente ele não estava minimamente consciente do que ia passar, e os dois dias que se seguiram á operação foram de facto muito maus. Ele permaneceu quase sempre de olhos fechados, nunca se queixou, mas de vez em quando as lágrimas corriam pelo seu rosto, embora ele permanecesse no mais profundo silencio…

Não ouso sequer fazer comparações, porque não são situações comparáveis, mas lembrei-me frequentemente de imagens que vimos na comunicação social das crianças vitimas de guerra, ou de catástrofes naturais que no maior dos sofrimentos não gritam não se manifestam, apenas choram em silencio. Já repararam nisso? È claro que o meu filho tinha todos os cuidados médicos e o apoio de todos os que o amam e que o futuro vai ser certamente melhor, mas essas imagens vieram-me frequentemente á cabeça.

Uma enfermeira perguntou-lhe :
- Não estavas á espera que fosse tão difícil pois não?
Ele respondeu que não apenas com a cabeça e voltou a chorar, sempre em silêncio!
Doeu muito vê-lo assim, só quem já passou por situações semelhantes entende o que senti…
Agora vai continuar imobilizado até 2 de Abril, depois logo se vê. Também ainda é cedo para saber se a cirurgia corrigiu na perfeição o problema dele. Espero que sim!



Mas pronto o pior é pagina virada, as próximas vão ser melhores, só podem mesmo ser melhores, claro!


Quanto a mim não vos sei relatar o que comi, quando comi, quanto comi…apenas sei que me alimentei conforme me foi possível, e hoje pesei-me e deu 87,70 kgs.
Sem qualquer ironia para ninguém, a não ser para mim própria, a cirurgia de um filho é uma óptima forma de perder peso.
Agora resta-me ir voltando á rotina e continuar em frente.
Esta tarde com dois lanchinhos e um jantar de sopa e iogurte.

Beijinhos para todas e mais uma vez obrigada. Mais logo faço-vos uma visita!